Sunday, March 05, 2006

Mikhail Baryshnikov e Natalia Makarova

Aproveitando que nosso primeiro post teve a foto do Mikhail Baryshnikov e da Natalia Makarova nossas primeiras biografias serão sobre eles.
Aproveitem:


Mikhail Baryshnikov


Mikhail Baryshnikov, nasceu em 1948 e foi aluno da escola do Mariinski, estreando-se em 1967; passados apenas três anos já era primeiro bailarino da companhia.
Em 1974, durante uma tournée pelo Canadá, pede asilo político, tornando-se num brevíssimo espaço de tempo, na maior estrela do ballet norte americano, e principal bailarino do ?American Ballet Theatre? entre 1974 e 1978, para o qual criou várias obras. Fundindo diversos estilos, Baryshnikov é a estrela do New York City Ballet de 1978 a 1980.
Extremamente versátil, Baryshnikov brindou o público do mundo inteiro com as suas performances inigualáveis em virtuosismo e qualidade de dança.
Em 1998 surpreendeu o público com um espectáculo de criações contemporâneas. Segundo as suas próprias declarações: ?O ballet clássico é para jovens. O que mais me fascina na dança contemporânea é a possibilidade de interpretar a nossa própria idade?.
Actua no cinema em numerosos filmes (?Momentos de decisão?, ?O sol da meia-noite?, entre outros) e de 1990 a 2002, Baryshnikov funda e torna-se director da White Oak Dance Project , através da qual se dedica a obras modernas e contemporâneas.
Presentemente o seu mais recente projecto é o Baryshnikov Center for Dance, em Nova York, que pretende ser um espaço para grupos de artistas, bem como um laboratório no qual trabalharão monitores de dança, teatro, cinema, iluminação e figurinos.
Misha, diminutivo como é conhecido, afirmou um dia que ?Não tento dançar melhor do que ninguém. Tento apenas dançar melhor do que eu mesmo?; parece que depois dos cinquenta e tal anos, ele vai continuar a dançar, apesar de se encontrar para além da idade em que os bailarinos param de dançar. As estrelas brilham sempre!

Natalia Makarova


Natalia Makarova, lenda viva do balé e musa dos mais importantes coreógrafos da nossa era: para ela, Robbins criou Other Dances; Sir Ashton fez Rossignol; Tetley dedicou-lhe Contradance; Béjart, Mephisto; Petit deu Blue Angel e Neumeier.

Uma criadora tremenda - no palco ou fora dele - como bailarina, coreógrafa, atriz e ao vivo, no rádio, cinema e vídeo.

Makarova iniciou seus estudos na Escola Vaganova aos 13 anos, numa classe que condensou os nove anos de estudos em seis. Formada em 1959, integrou o Kirov e já em 1961 dançava Giselle em Londres com a companhia russa. Em 1970, numa turnê, surpreendeu o mundo pedindo asilo na Grã-Bretanha. Neste ano juntou-se ao American Ballet Theater, com quem dançaria um vasto repertório. Em 1972 iniciou um longo relacionamento profissional com o Royal Ballet. Como convidada esteve à frente das mais importantes companhias do mundo (Paris Opera, La Scala, XXème Siècle, Ballet de Marseille.

Sua montagem do Ato das Sombras de La Bayadère para o American Ballet Theater data de 1974. Seis anos depois ela criaria a produção completa, fazendo do ABT a primeira companhia ocidental a ter este balé. Desde 1919, com os tremores da Revolução Russa, o último ato estava perdido. A coreografia de Makarova reconstrói a estrutura dramática original desta obra-prima de Petipa. O Ato das Sombras foi remontado por ela para numerosas companhias mundo afora, entre elas as do Teatro Colón e do próprio Municipal do Rio, Balé do Canadá, Royal Swedish Ballet, La Scala de Milão e Balé de Santiago. Montou ainda para diversas companhias novas produções de Lago dos Cisnes e Paquita.

Em 1988, Makarova voltou a dançar com o Kirov um trecho do Lago dos Cisnes em Londres.

No ano seguinte, voltou à Rússia, a primeira artista no exílo a ser convidada de volta à terra natal.

Em 1991, fez sua estréia como atriz em Londres com Tovarich e, no ano seguinte, voltou à Rússia com Two for the Seesaw. Em 1995, dançou no Festival Fellini, em Roma, um balé especialmente criado para ela e Jean Babilee, como Giulietta Masina e Fellini. Na Broadway, fez o premiadíssimo musical ? ela ganhou inclusive o prêmio Tony - On Your Toes. Em 1997, estrelou em Londres Misalliance, de Bernard Shaw. Encerrou em junho de 2000 uma temporada em Londres de Blith Spirit de Noel Coward.

Para a TV, além de ter registrado diversos balés (inclusive La Bayadère) fez diversas séries (Ballerina, Assoluta e The Leningrad Legend para a BBC, entre outros); escreveu e apresentou o documentário St Petersburg to Tashkent; gravou a narração de diversas histórias; escreveu uma festejada autobiografia.